terça-feira, junho 13, 2006

Outra perspectiva na elaboração dos portefólios

Até agora, sempre encarei a elaboração dos portefólios digitais tentando colocar-me na pele de um suposto aluno, com uma facilidade mínima no manejo do computador, das aplicações informáticas mais habituais e da Internet.
A ideia sempre foi de, até nos meus próprios trabalhos, não utilizar recursos, meios, aplicações que não estivessem também ao alcance desse tal aluno mediano imaginário. Em síntese, será o seguinte: vale tudo que seja fácil de usar, não custe dinheiro e tenha um bom suporte na língua materna.
Hoje, com as palavras que lhe ouvi aqui em Braga, José Carlos Ramalho conseguiu deixar-me a pensar em questões ligadas à segurança e à independência pessoal relativamente a todos os produtores de alguma coisa para a Net e para os computadores.
Na verdade, sem querer, insidiosamente, sem nos darmos conta, tornamo-nos (alguém nos torna) dependentes de alguma coisa que não conhecemos satisfatoriamente (se estivermos a falar de programas, aplicações de computador). E, um dia, se nos quiserem fazer o ninho atrás da orelha, podemos deparar-nos com a perca de preciosos dados, trabalhos, conhecimento e informações que "pendurámos" em programas "prontos a servir" e que, de repente, são "descontinuados" ou "deslocalizados". E lá se vão as coisas ao ar. Por exemplo, lá se vai o nosso portefólio!...
Há outros caminhos. Felizmente, há outros caminhos e o Professor José Carlos Ramalho soube falar deles, hoje, no Encontro sobre portefólios electrónicos. A desvantagem é que requer um mínimo de esforço da nossa parte para os aprender e, quase em simultâneo, deixar de lado os tais "pronto a vestir". Só que a expectativa da independência relativamente aos predadores da Informática é, provavelmente, móbil para experimentar tal caminho.
Vou obrigar-me a conhecer melhor estas questões e os recursos que garantem melhor a segurança pessoal no uso dos computadores. Aos poucos, para aí também levarei os meus aulos.

1 comentário:

PortfolioFernandoPinto disse...

Estou a lembrar-me de Papert, que, no seu livro, também fala destas questões e do trabalho que, ao longo dos anos, desenvolveu para que estivesse ao nosso alcance fazer, com total independência, o que a nossa cabeça congemina e arquitecta.